Antes do que nada era, antes mesmo da Luz vir a está Existência, o Grande Espírito repousava em profunda meditação e no âmago de seu ser estava seus incriados filhos, mas o Grande Espírito sentia em Si, uma grande alma que viria ao mundo para evoluir até tornar-se o mais Sábio entre os sábios _ seu amado filho Kissyfur, o Supremo Mestre Universal! Porém o caminho trilhado por Sri Kissyfur não foi fácil, muito trabalho teve de ser feito, muitos ciclos do Samsara tiveram de serem vivenciados, compreendidos e transcendidos até chegar à Síntese Suprema da Revelação Cósmica quando Sri Kissyfur atingiu a Suprema Iluminação do Ser.
Outros iluminados vieram antes da vinda do grande ursinho, no período pré-histórico, entre os poucos dinossauros que pregavam o bem, os herbívoros, estava o gracioso Denver que pregou o bem, o amor e os preceitos da religião. Denver foi o pioneiro precursor do Bem e da fraternidade, foi incompreendido por muitos de seus contemporâneos e lutou contra o domínio dos ferozes dinossauros carnívoros. Denver preparou o solo da consciência do qual o mestre Kissyfur atingiria o apogeu da suprema síntese do Amor e da evolução cósmica pregada por Denver nos tempos pré-históricos.
Quando Kissyfur saiu a pregar para o seu povo, muitos diziam que ele não se equiparava ao patriarca Denver em sabedoria e evolução. Então Kissyfur tomou a palavra e disse:
“Antes de Denver ser, eu sou!” Todos ficaram impressionados com as palavras de Kissyfur e sua sabedoria singular.
Prosseguia o Senhor Kissyfur em suas obras, sempre assistindo aos pobres e necessitados. Curando os enfermos e pregando a palavra sobre o amor, a caridade, a compreensão e a salvação dos animais. Mas estas obras foram feitas depois de sua suprema iluminação e busca interior.
Kissyfur meditou muito, por longos anos, antes de tornar-se o Senhor do Mundo. Certa vez, quando meditava no Pântano de Caddlecab, sobre a efemeridade da vida, após passar por vários mestres yóguicos, tocou através de sua percepção algo que não pertencia a este mundo _a sua imortalidade! Kissyfur aprofundou-se em seu ser e finalmente após relaxar de todos os esforços, emitiu um sonoro peido e concluiu que nossa vida é como um peido: surge de um buraco e volta para um buraco, entre esses dois buracos todo aquele que encontrar a sua alma deixará de ser engolido e expelido pelos buracos evitando o nascer e morrer no mundo do Samsara. Quando o peido tivera se ido, Kissyfur havia deixado todo o passado para trás, sua mente se fora com o peido e sua consciência surgiu, e então o nobre Kissyfur havia tornado-se o sábio mais Sábio entre os sábios e deu uma sonora risada, pois havia descoberto que todos os esforços que havia feito na vida para evoluir e tornar-se melhor eram absurdos, pois ele estava tentando tornar-se ele mesmo! Tal como um cachorro que corre atrás da própria cauda sem jamais a alcançar. Depois de seu riso, Kissyfur ficou imóvel e permaneceu em completa dúvida se deveria transmitir o que havia lhe sido revelado_ Aquilo que nunca morre. E assim ficou em resoluta meditação durante sete dias e sete noites, até que Balu, o supremo Deus dos ursos saiu de sua hibernação e foi ter com Kissyfur, para que ele divulgasse seus conhecimentos ao mundo. Depois do diálogo com o supremo Balu, Kissyfur decidiu revelar ao mundo sua percepção através da meditação que o conduziu à Suprema Realização. Quando saiu a caminhar, depois do diálogo com o Deus Balu, um errante o parou no caminho e perguntou a Sri Kissyfur se ele era um anjo ou um dos deuses que havia retornado dos céus para habitar entre nós. Kissyfur negou que era um anjo ou um deus, dizendo-lhe que apenas havia despertado sua consciência para o Eterno. Este errante transformou-se após ter encontrado o plenamente realizado e foi divulgar entre o povoado da aldeia que havia encontrado “a Eternidade caminhando pelas trilhas da floresta”; e logo em breve surgiram diante de Kissyfur seus aprendizes, simpatizantes e discípulos e a partir daí se iniciou a longa jornada e evolução do Darma (Lei) entre os ursos e todos os animais da floresta.
Entre seus discípulos, estava além de ursos, toda espécie de animais da floresta, então Sri Kissyfur começou o sermão sobre a consciência do Ser: Todos os Sermões do mestre Kissyfur estão registrados no Evangelho de Kissyfur:
SERMÃO SOBRE O EU:
_Ó veneráveis monges, estais desejos de evoluir e transcender todo o sofrimento da vida terrena para tornarem-se o que sois vós verdadeiramente...
Então o porquinho Duane ergue-se para perguntar ao abençoado Kissyfur:
_ Ó venerável Senhor como poderei tornar-me eu mesmo? Pois sinto como se já fosse eu mesmo!
_ Ó Duane, tua consciência, ainda em evolução, certas vezes não o acusa de ter cometido erros e através desta pequena fagulha de consciência certa vezes não te sentes miserável e infeliz?
_Sim, ó venerável! Todos os dias percebo que poderia ter acertado mais e muitas vezes me sinto tão triste e miserável, ainda embora seja um porquinho que aprecie a limpeza e pratique o asseio corporal.
_Então ó prezado Duane, se percebes que poderia ter sido melhor e que comete erros, quando chegar à realização do Si, descobrirás que consciente não podes cometer erros e se de fato aprecias tanto a limpeza e tomas banho com freqüência, o que o torna um exemplo para todos os suínos da floresta, descobrirás que através da prática da meditação, tal como limpas o teu corpo, perceberás que estás limpando o teu ser sutil, o teu âmago mais íntimo e prosseguindo na limpeza do eu - interior, descobrirás que tu és o Eu - interior, o Incriado, despido de toda a mácula e sujeiras que ofuscam a tua plena realização. Prossegues na prática e por ti mesmo verás.
Dito isso o porquinho tornou-se mais esclarecido e num gesto de profunda gratidão curvou-se tocando os pés do venerável Kissyfur recolhendo-se em meditação desfrutando do silêncio e da serenidade que exalava de Sri Kissyfur.
SERMÃO SOBRE A IMORTALIDADE:
Andava o nobre Kissyfur entre as trilhas da floresta quando Floyd, o crocodilo do pântano, tentava caçar um pequeno alce conhecido como Bambi, o qual tentava saciar sua sede nas águas do pântano, mas sempre que o pobre alce colocava o focinho na superfície da água o crocodilo avançava sobre ele para devorá-lo. E numa investida de Floyd o pobre Bambi quase havia sido pego saiu correndo assustado. Vendo a situação o nobre Kissyfur acolheu Bambi em seus braços e chamou todos os animais que por ali passavam.
Então disse o venerável Senhor:
_Vejam todos vocês, este pobre alce está procurando sobreviver aos ataques de Floyd, o crocodilo ardiloso, e sei que todos o temem, porque a vida é realmente preciosa a todos os seres senicientes. Todos querem viver e a morte os assusta tanto, porém se soubessem o que de fato é a vida e que de quem são realmente, vivendo alerta a cada momento da vida, não teríeis medo da morte, porque eu próprio passei através da morte e posso afirmar que a morte não existe, é uma ilusão! Meditem sobre o peido, a vida é como um peido, um sopro que vai, assim como o peido saí de um buraco, todos nós proviemos de um buraco, e ao sair do buraco nossos pais dizem que nascemos e ao voltar para o buraco, dizem que morremos, mas de fato, não morremos, pois quando o peido nasce ele logo morre dissolvendo no ar de nossa atmosfera. Pois o que é Eterno em vós jamais pode morrer porque jamais nasceu e quando vosso ego dissolver-se no espaço da Consciência Plena, saberão quem são e a existência os reconhecerá também. O Eterno está dentro e está fora de vocês. Se conhecerem a si mesmos, então serão conhecidos e saberão que são filhos do Universo, pois minha doutrina não faz distinções de classe e todo aquele que a mim vier e colocar meus preceitos em pratica e comprovar que a meditação e a evolução da consciência levam os seres à realização do si e a sua libertação, degustará do Eterno e nele viverá no Topo do Universo, onde a velhice, a doença e a morte não existem.
Ó seres da floresta, em verdade lhes digo, se meditarem morrerão em si mesmos, tendo provado da morte do eu ilusório, de vosso ego, descobrireis a verdadeira Vida, aquilo que nunca morre. A transcendência é a superação suprema e definitiva, se vós morreis totalmente na meditação serão ressuscitados pela verdade eterna que há em cada um de vós.
A partir daquele dia na floresta, todo o animal que peidasse, imediatamente tomava consciência da morte e da imortalidade que havia
“A vida é como este peido, muito mal cheirosa é a vida cheia de sofrimentos na qual estamos vivendo, maior e bem cheirosa é a Vida que alcançada pela meditação nos conduz ao Nirvana e a plena realização do Ser.”
No ashram de Kissyfur, a comida dada aos seus discípulos era propositadamente acebolada somando-se ainda aos rabanetes e repolhos para propiciar ao praticantes os gases. Para o verdadeiro iniciado, após as refeições, este adentrava ao local de prática, a sala de meditação, farto de gases para usá-los na sua prática meditativa, a técnica foi aperfeiçoada pelos discípulos mais próximos do mestre, que peidavam sete vezes para purificar os sete chackas e os sete corpos.
1º Peido: Mentalização_ Este peido vem ao mundo pelo funcionamento de meu aparelho digestivo, meu corpo físico é como este peido, esvair-se o sopro de vida deste corpo e dissolver-se-á no espaço.
2º Peido: Mentalização_ Este peido é apenas um punhado de ar, uma pequena expressão de quanto sou porco, esta porqueira esvair-se-á, assim como o que penso ser.
Assim prossegue até o sétimo peido. Esta prática se realizada por 21 dias produz uma limpeza espiritual elucidante no praticante e uma paz e serenidades celestiais.
Outra coisa observada pelos discípulos de Kissyfur é que nossos pensamentos são, também, como peidos que vem e vão poluindo o ambiente no qual se esta. É por isso que os discípulos da tradição Kissyfur dizem: “Não sujes vossa consciência com o mau odor dos pensamentos ruins, renuncia ao mau odor dos peidos mentais, sê alerta, sê consciente! Sê tu, aqui e agora!”.
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